artigo recomendado

Bolognesi, B., Ribeiro, E., & Codato, A.. (2023). A New Ideological Classification of Brazilian Political Parties. Dados, 66(2), e20210164. Just as democratic politics changes, so does the perception about the parties out of which it is composed. This paper’s main purpose is to provide a new and updated ideological classification of Brazilian political parties. To do so, we applied a survey to political scientists in 2018, asking them to position each party on a left-right continuum and, additionally, to indicate their major goal: to pursue votes, government offices, or policy issues. Our findings indicate a centrifugal force acting upon the party system, pushing most parties to the right. Furthermore, we show a prevalence of patronage and clientelistic parties, which emphasize votes and offices rather than policy. keywords: political parties; political ideology; survey; party models; elections

2 de janeiro de 2009

a classe política em Israel e na Palestina

Flags For Israel In
Process Of Being Mad.
Ralph Morse.
Fonte: Life.

Esta me pareceu a análise mais objetiva até agora sobre o conflito no Oriente Médio.
Apresenta uma explicação causal clara e crível sobre os motivos dos participantes.
Põe em primeiro plano as ESTRATÉGIAS ELEITORAIS da classe política e retira a guerra entre Israel e os árabes do Hamas do terreno melodramático típico da cobertura dos diários brasileiros.

artigo
Guerra é movida puramente por causas políticas
ADRIAN HAMILTON DO "INDEPENDENT"
Folha de S. Paulo
2 jan. 2009

Ignore as acusações e contra-acusações de culpa. O bombardeio de Gaza aconteceu porque atendia aos interesses políticos das partes envolvidas.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, o impeliu, a ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, o aplaudiu, e o primeiro-ministro Ehud Olmert o sancionou porque há uma eleição programada para fevereiro, e o líder da oposição e arquifalcão Binyamin Netanyahu está na dianteira nas sondagens de intenção de voto. Barak, como líder do Partido Trabalhista, e Livni, como líder do partido governista Kadima, estão determinados a ser mais guerreiros que ele.

O timing estava certo, e as circunstâncias, também. George W. Bush, o presidente americano mais avassaladoramente pró-Israel desde o nascimento do país, ainda estará no poder pelas próximas semanas, antes da posse de um líder novo e menos resolutamente favorável a Israel, em 20 de janeiro.

Ao mesmo tempo, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, também em final de mandato, viu nesta guerra a oportunidade de quebrar de uma vez por todas a espinha de sua oposição, o Hamas, antes de serem realizadas novas eleições. Gaza é o último e desesperado lance de xadrez de três líderes que se encaminham para a porta de saída -Bush, Olmert e Abbas.

E o que dizer do próprio Hamas? É verdade que o grupo errou em seus cálculos ao pôr fim ao cessar-fogo quando o fez e subestimar a ferocidade da resposta israelense. Ele travou um jogo de pombas e falcões com Israel, apostando sua própria população na jogada dos dados.

Mas é verdade também que o Hamas tem suas razões políticas para saudar um confronto violento com o inimigo. Quanto mais duro Israel golpeia Gaza, mais enfurecida fica a população do território e mais solidariedade é despertada nos países muçulmanos.

Pode soar como intransigência dizer que centenas de civis morreram puramente no interesse de um grupo de políticos demasiado atentos a suas ambições próprias para levar em conta as consequências. Mas essa é a verdade brutal sobre este conflito. [...]

assinantes lêem mais aqui.

Nenhum comentário: