artigo recomendado

Bolognesi, B., Ribeiro, E., & Codato, A.. (2023). A New Ideological Classification of Brazilian Political Parties. Dados, 66(2), e20210164. Just as democratic politics changes, so does the perception about the parties out of which it is composed. This paper’s main purpose is to provide a new and updated ideological classification of Brazilian political parties. To do so, we applied a survey to political scientists in 2018, asking them to position each party on a left-right continuum and, additionally, to indicate their major goal: to pursue votes, government offices, or policy issues. Our findings indicate a centrifugal force acting upon the party system, pushing most parties to the right. Furthermore, we show a prevalence of patronage and clientelistic parties, which emphasize votes and offices rather than policy. keywords: political parties; political ideology; survey; party models; elections
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28 de abril de 2013

Colóquio - Elites em diferentes escalas: teoria e metodologia no estudo de grupos dirigentes

[Lothar Charoux.
Guache sobre papel] 












Curitiba, UFPR, 12 e 13 setembro de 2013
Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira
Inscrições: 2, 3 e 4 de setembro
contato: adriano@ufpr.br


PROGRAMAÇÃO

12/9/2013 - Elites econômicas
9h30min

Elite empresarial e elite econômica: o estudo dos empresários
Paulo Costa (UFPR-CNPq)

The Analysis of Social Interpretation Patterns – Introducing new methods in comparative research
Markus Pohlmann; Stefan Bär; Elizangela Valarini (Instituto de Sociologia Max Weber, Universidade de Heidelberg)

La elite económica argentina, 1810-1930
Roy Hora (Universidad de San Andrés)

Wagner Mancuso (USP Leste) – debatedor



12/9/2013 - Elites políticas
14h30min

Codificando profissões em estudos de elites políticas: uma discussão metodológica e tipológica
Adriano Codato/Lucas Massimo/Luiz Domingos Costa (UFPR-Facinter)

La fabrica de la institucion y la "nueva derecha" chilena (1967-2010)
Stéphanie Alenda (Universidad Andrés Bello-Santiago de Chile)

Federação e separação de poderes no estudo de elites políticas no Brasil
Fabiano Santos (IESP-UERJ)

André Borges (UnB) – debatedor



13/9/2013 - Elites estatais
9h30min

Sociología política de las elites estatales. Apuntes sobre su abordaje
Mariana Gené (Universidad de Buenos Aires-CONICET)

O conceito de Estado Desenvolvimentista e a burocracia econômica no Brasil e na Argentina (1930-1966)
Renato Perissinotto (UFPR-CNPq)

Por uma sociologia política das elites jurídicas: elementos teóricos para o estudo das elites estatais, sua ação política e seu campo de poder
Frederico Almeida (FGV-SP)

Flávio Heinz (PUC-RS) – debatedor



13/9/2013 - Elites partidárias
14h30min

A representação política por dentro: partidos e candidatos na formação de preferências
Bruno Bolognesi (UNILA)

Elites partidárias no Brasil: dados preliminares
Pedro Floriano Ribeiro (UFSCar)

Reglas electorales y dinámicas políticas en la selección de candidatos en Argentina. Cambios y continuidades en treinta años de democracia
Miguel de Luca (Universidad de Buenos Aires)

Oswaldo Amaral (Unicamp) – debatedor



13/9/2013 - Conferência de encerramento
18h00min

Luiz Carlos Bresser Pereira (FGV-SP)

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3 de julho de 2012

The observatory of brazilian political and social elites


The observatory of brazilian political and social elites, coordinated by the Brazilian Political Sociology Research Center (NUSP) at the Federal University of Paraná, Brazil (UFPR), aims to be the main national focal point for systematic information on bureaucratic and scientific, parliamentary and political party, juridical and intellectual elites as well as professional and social elites in contemporary Brazil.

Funded in part by Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel), and inspired by the Observatory of Latin American Representative Institutions (Observatorio de Instituciones Representativas de América Latina – OIR) based at the University of Salamanca, the observatory constitutes a free-access digital database which brings together research summaries, historical studies, prospective analyses and qualitative and quantitative surveys on Brazilian elites in recent history.
The website allows free access to the instruments used in the surveys conducted by several research groups (questionnaires, spreadsheets, code books, prosopography sheets, interview scripts), the finished scientific results produced by theses surveys, in addition to available database. One of the purposes of the observatory of elites is to condense knowledge and aggregate scholars in this field of study in Brazil through the sharing of information.
The observatory allows users to browse through a series of nominal lists of presidents, governors, ministers, congressmen, state secretaries, mayors, chief and high court judges, in addition to leaders of the country’s most relevant class associations (businessmen, union leaders, etc.). Also available for consulting our series of “working papers” and in the future the newsletter of the observatory.
The virtual library specialized in ruling classes in Brazil that is part of the observatory congregates a large number of studies on Brazilian political and social elites and list of sites organized according to subject which grants the user access to online archives and collections. It is possible to download publications (books, articles), papers, academic work (monographs, theses, and dissertations), research reports and to consult listings of scientific associations, groups and research centers dedicated to studying this subject.
In the future it will be possible to submit your database to the observatory of political and social elites in Brazil to this e-mail oelites@gmail.com.
Feel free to suggest articles and papers, links to research group sites, databases, bios of researchers in this field to the e-mail indicated above.
http://observatory-elites.org/
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2 de junho de 2011

prefácio a "elite vermelha: o pcb no paraná (1945-1964)", livro de marcio kieller

[History Of Communism
Date taken: 1961
Photographer: James Whitmore
Life] 

Márcio Mauri Kieller Gonçalves. Elite vermelha. O PCB no Paraná (1945-1964). Fundação Astrojildo Pereira e Contraponto, 2011.

Prefácio

Angelo Panebianco advertiu que os estudos sobre partidos políticos são em geral prisioneiros de dois tipos de simplificação. Uma derivada do que se poderia chamar de “preconceito sociológico” e outra do “preconceito teleológico”.

O preconceito sociológico consiste em tomar os partidos não como organizações específicas, com regras próprias e modos de funcionamento autônomos, que mereceriam ser estudados por si mesmos, mas como simples meios para representar interesses sociais. Há duas variantes desse erro. Ou se atribui o caráter de classe do partido à pretensa base social que ele deveria expressar (estimada essa em função do seu eleitorado potencial ou real), ou ao perfil sociográfico dos seus membros (filiados, militantes, dirigentes, parlamentares, etc.). Assim se torna simples falar em “partidos burgueses”, “partidos pequeno-burgueses”, “partidos operários”, etc.

Já o preconceito teleológico atribui arbitrariamente certos objetivos aos partidos políticos – vencer eleições, maximizar votos, organizar a classe, difundir sua ideologia, realizar seu programa, etc. – e procura explicar tudo o que um partido faz, assim como a forma pela qual ele se organiza, em função de um desses propósitos. Daí os carimbos de “partidos revolucionários”, “partidos reformistas”, “partidos democráticos”, etc.

Todas essas definições são correntes na literatura e consistentes com o mais puro senso comum. Mas se a pesquisa social não quiser apenas reproduzi-lo, ilustrando com mais dados essas supostas verdades, ela deve tomar como problemas – por exemplo: a evolução dos partidos, as características dos partidos, os objetivos dos partidos, as funções dos partidos – aquilo que tem aparecido como evidência incontestável. Daí que estudos sobre partidos de esquerda, principalmente, adquiram novo interesse quando realizados a partir de novos pressupostos.

Análises sobre partidos comunistas foram, na maior parte das vezes, prisioneiras desses dois preconceitos. Circunscrito por uma sorte de hábito mental dos estudiosos a pensá-lo como instrumento da organização, agregação e representação dos interesses e dos valores de um setor da sociedade com vistas à disputa pela conquista dos lugares-chave do poder, a lista de tópicos tratados, quando o assunto era o “partido revolucionário”, quase sempre variou em torno de três ou quatro temas obrigatórios: a afinidade entre as organizações partidárias e as ideologias políticas de esquerda, a questão da base social dos partidos de classe e o papel (positivo ou negativo) das suas lideranças sociais, o problema da representatividade política dos partidos anti-sistema, para ficarmos no principal das discussões. Mas, como notou Michael Löwy, em todo esse debate, esteve sempre presente no horizonte a questão da correspondência, ou não, entre três coisas: i) a consciência de classe (consciência “espontânea”, consciência “sindicalista”, consciência “socialista”), ii) o alcance das lutas sociais que ela poderia ou não empolgar (reformistas ou revolucionárias) e iii) as formas de organização propostas para assegurar a eficácia da ação transformadora (“partido de vanguarda”, em Lênin, “espontaneísmo” revolucionário, em Rosa, “partido-príncipe”, para Gramsci). Daí que, nesse registro, a teoria do partido deveria ser tão só a teoria das estratégias e dos mecanismos mediante os quais uma classe, ou uma aliança de classes, trataria de conquistar o poder de Estado e impor, pela via da revolução social, uma nova hegemonia. Como consequência, os estudos empíricos dos partidos comunistas tornaram-se, em sua maioria, investigações sobre os sucessos ou os insucessos de suas respectivas ações políticas em determinados contextos histórico-sociais.

Espremido pela relação ideal postulada pelos teóricos entre uma vanguarda de revolucionários profissionais e as massas populares, pela relação real entre a consciência verdadeiramente transformadora e a luta puramente econômica (“economicismo”), pela forma mais útil da organização política que se deveria “historicamente” adotar e pela questão da representatividade “orgânica” do partido da classe trabalhadora, o problema da composição social dos seus quadros dirigentes tendeu a desaparecer de vista. “O que fazer”, para citar um livro famoso, quando fazer, como fazer, sempre foi mais importante do que “quem” poderia fazê-lo em nome da classe.

Além de tudo, por uma dessas questões de terminologia, onde há mais ideologia que sociologia, a “elite partidária” dos partidos da esquerda comunista dificilmente foi chamada como tal, historiadores e sociólogos preferindo referir-se tanto às cúpulas como às bases indistintamente como “militantes comunistas”. Essa operação verbal, generosa com a atividade muitas vezes heroica dessas pessoas, elidiu a divisão, típica de todas as organizações estruturadas, entre dirigentes e dirigidos. A falta de foco na “oligarquia partidária”, para retomarmos a famosa expressão de Robert Michels, certamente não ajudou a compreender melhor os dilemas enfrentados pelas organizações da esquerda revolucionária.

É precisamente esse o assunto principal do livro de Marcio Kieller. Foram pesquisados oitenta e nove dirigentes do PCB do Paraná que, por algum momento entre 1945 e 1964, ocuparam cargos destacados no Partido. O perfil sócio-profissional dos comandantes desenhado ao final por Kieller colabora, de fato, para avançar no conhecimento histórico e sociológico dos comunistas brasileiros e também para responder, sempre à luz do caso tratado, uma das perguntas básicas dos estudos sobre grupos dirigentes: “Quais são os atributos sociais, econômicos, culturais e políticos dos membros de uma dada organização que atingiram suas posições institucionais de mando?”.

Já sabemos que origens sociais e familiares, trajetória profissional, carreira política, posições de status, entre outros elementos, estruturam disposições duráveis. Nesse sentido, compreender o social background desses indivíduos é um passo importante, ainda que não o único, para explicar seus comportamentos políticos, suas escolhas militantes e, no caso, a aprendizagem do métier de revolucionário profissional. A origem social pode, sim, inspirar o “estilo político” de um agente político. Por exemplo: pode influenciar as formas como ele encara o sistema político e como age para mudá-lo, seus valores sociais e a distância em relação aos valores dominantes, suas aspirações intelectuais e culturais, os tipos de interação que ele estabelece dentro do grupo de origem e fora dele, as funções que ele assume no interior da organização e a forma particular de exercê-las, etc. Por outro lado, pode-se argumentar que a conexão entre origem sócio-profissional e comportamento político militante não é uma relação necessária; mas até para negá-la é preciso estudar se há ou não essa conexão – a partir de casos empíricos.

Marcio Kieller tem presente esse problema em toda sua pesquisa e seu estudo deve ser lido como uma contribuição efetiva nesse campo. Aliando rigor documental, curiosidade histórica e um elogiável senso de proporções sobre os alcances dos seus achados, Kieller indaga as biografias dessa “elite vermelha” não para mostrar que o Partido era, afinal, tocado por indivíduos de classe média. Mas, ao invés, para mostrar que foram precisamente esses indivíduos de carne e osso, e não outros, que deram vida à organização, emprestando dela as condições concretas da sua vivência política.

Quem sabe essa perspectiva inspire, com o mesmo profissionalismo, muitos outros trabalhos do gênero.



Adriano Codato
Curitiba, outono de 2011.
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6 de abril de 2010

Elites, políticos e instituições políticas: o Estado Novo no Brasil, de novo

[Delfim Martins.
Entre Trigo, 2002.
Pirelli/MASP]

Adriano Codato

published in Flavio M. Heinz (org.), Experiências nacionais, temas transversais: subsídios para uma história comparada da América Latina. São Leopoldo: Oikos, 2009.

Por que o Estado Novo “de novo”? Porque acredito que seja necessário e urgente voltar ao estudo desse subperíodo da história política nacional para compreender mais e melhor um ponto capital do processo de transformação capitalista do Brasil: a reestruturação do universo das elites – políticas, econômicas, ideológicas e sociais – na primeira metade do século XX. Dados os paralelismos óbvios e as afinidades ideológicas entre as elites intelectuais do Brasil e da Argentina entre os anos 1920 e 1940 (que envolvem os diagnósticos sobre a crise, as alternativas aventadas, as representações da nação, a imagem projetada de si, etc.), este texto deve servir também como um roteiro resumido de questões que podem ser postas à historia e à historiografia argentina a título de comparação. Essa volta ao Estado Novo sugerida aqui tem a ver com a necessidade de recuperar a dimensão histórica dos estudos políticos. O que se pretende, neste curto ensaio, é enumerar alguns princípios interpretativos geradores de novas hipóteses de pesquisa.

clique aqui para ler o capítulo
.

1 de abril de 2010

Grupos dirigentes e estruturas de poder

[Apartment for two
Art Collectors
Dezeen]

Convidamos a comunidade de ciência política para submeter resumos ao nosso seminário temático na Anpocs:

ST13 - Grupos dirigentes e estruturas de poder
Coordenadores: Mario Grynszpan (FGV/RJ), Miguel Pablo Serna Forcheri (UDELAR)

O objetivo deste ST é promover um debate sobre o tema dos grupos dirigentes e das estruturas de poder a partir de trabalhos com diferentes grupos, como os políticos, culturais, econômicos, científicos, religiosos, profissionais. Serão contemplados enfoques diversos, dos centrados em mecanismos de recrutamento e seleção, em transformações morfológicas dos espaços sociais e em reconversões sociais, até os voltados para linguagens específicas de grupos e estruturas, estratégias e disputas discursivas, ações performativas, rituais, valores e visões de mundo, passando pelos que privilegiam questões como as das lógicas de engajamento social e de justificação, das redes e relações
pessoais, locais ou internacionais, das estratégias de reprodução e de consagração e estilos de vida. Serão
igualmente bem-vindas análises históricas e/ou que propiciem comparações nacionais e internacionais.

O resumo simples deverá ter no máximo 900 caracteres com espaço (passo 4 da submissão) e o resumo expandido no máximo 9.000 caracteres com espaço (passo 5 da submissão).

Confira abaixo os próximos prazos:
26/03 a 26/04 - Período para submissão de trabalhos (resumos) nos STs aprovados. Destinado a Pesquisadores em geral.Titulação Mínima: Mestrando(a).
01/04 a 04/05 - Prazo para envio de propostas de Mesas Redondas. Destinados a coordenadores-proponentes. Titulção mínima: Doutor(a)
20/04 a 17/05 - Período de Seleção e composição, pelas respectivas coordenações, da programação final de cada ST.
08/06 - Divulgação da programação dos STs e Mesas Redondas aprovadas.

www.anpocs.org.br/portal
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