A pós-graduação em Ciência Política no Brasil se desenvolveu bastante desde os anos 2000 passando de três cursos de doutorado para onze. Com isso surgiram também uma série de estudos sobre a configuração intelectual da área e o perfil dessa comunidade.
Porém, nas análises desse campo de conhecimento, esses estudos utilizaram como fonte quase exclusivamente artigos de pesquisa publicados em periódicos acadêmicos.
Este paper explora outro tipo de dado: teses de doutorado e dissertações de mestrado defendidas em onze Programas de pós-graduação de Ciência Política entre 2013 e 2020.
Investigando os metadados (títulos, resumos e palavras-chave) de 1.849 trabalhos de conclusão, nossa pesquisa mapeou os padrões e as hierarquias dessa produção científica, destacando as problemáticas, os objetos e as metodologias em vigor.
A partir da análise de redes sociais, há três achados principais. Em termos metodológicos, as dissertações e teses dividem-se em dois universos bem estruturados, um empírico (conectado a “dados”) e outro teórico (conectado à noção de “interpretação”).
Em termos de técnicas de pesquisa, os estudos de caso parecem prevalecer. Em termos temáticos, há três comunidades dominantes – “partidos e eleições”, “Estado e relações internacionais” e “políticas públicas” com uma vantagem para os estudos de instituições do Legislativo e do Executivo.
Como citar:
Sainz, N., Silva, R. da e Codato, A. (2022) “Análise do perfil das teses e dissertações de Ciência Política no Brasil (2013-2020)”, SciELO Preprints [Preprint]. DOI: https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.4565
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