artigo recomendado

Bolognesi, B., Ribeiro, E., & Codato, A.. (2023). A New Ideological Classification of Brazilian Political Parties. Dados, 66(2), e20210164. Just as democratic politics changes, so does the perception about the parties out of which it is composed. This paper’s main purpose is to provide a new and updated ideological classification of Brazilian political parties. To do so, we applied a survey to political scientists in 2018, asking them to position each party on a left-right continuum and, additionally, to indicate their major goal: to pursue votes, government offices, or policy issues. Our findings indicate a centrifugal force acting upon the party system, pushing most parties to the right. Furthermore, we show a prevalence of patronage and clientelistic parties, which emphasize votes and offices rather than policy. keywords: political parties; political ideology; survey; party models; elections
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3 de julho de 2012

The observatory of brazilian political and social elites


The observatory of brazilian political and social elites, coordinated by the Brazilian Political Sociology Research Center (NUSP) at the Federal University of Paraná, Brazil (UFPR), aims to be the main national focal point for systematic information on bureaucratic and scientific, parliamentary and political party, juridical and intellectual elites as well as professional and social elites in contemporary Brazil.

Funded in part by Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel), and inspired by the Observatory of Latin American Representative Institutions (Observatorio de Instituciones Representativas de América Latina – OIR) based at the University of Salamanca, the observatory constitutes a free-access digital database which brings together research summaries, historical studies, prospective analyses and qualitative and quantitative surveys on Brazilian elites in recent history.
The website allows free access to the instruments used in the surveys conducted by several research groups (questionnaires, spreadsheets, code books, prosopography sheets, interview scripts), the finished scientific results produced by theses surveys, in addition to available database. One of the purposes of the observatory of elites is to condense knowledge and aggregate scholars in this field of study in Brazil through the sharing of information.
The observatory allows users to browse through a series of nominal lists of presidents, governors, ministers, congressmen, state secretaries, mayors, chief and high court judges, in addition to leaders of the country’s most relevant class associations (businessmen, union leaders, etc.). Also available for consulting our series of “working papers” and in the future the newsletter of the observatory.
The virtual library specialized in ruling classes in Brazil that is part of the observatory congregates a large number of studies on Brazilian political and social elites and list of sites organized according to subject which grants the user access to online archives and collections. It is possible to download publications (books, articles), papers, academic work (monographs, theses, and dissertations), research reports and to consult listings of scientific associations, groups and research centers dedicated to studying this subject.
In the future it will be possible to submit your database to the observatory of political and social elites in Brazil to this e-mail oelites@gmail.com.
Feel free to suggest articles and papers, links to research group sites, databases, bios of researchers in this field to the e-mail indicated above.
http://observatory-elites.org/
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11 de outubro de 2011

as transformações da classe política brasileira no século XXI

[C. Wright Mills, 
Professor of Sociology at Columbia Univ.
Date taken: 1952
Photographer: Gjon Mili
Life]

PROJETO DE PESQUISA DO NUSP:
As transformações da classe política brasileira no século XXI: um estudo do perfil socioprofissional de deputados federais e senadores (1986-2014)

Os objetivos deste projeto são:
1) traçar um perfil social da classe política brasileira (especificamente dos deputados federais e senadores) no período compreendido entre 1986-2014; e
2) verificar o processo de mudança e/ou conservação das elites políticas no Brasil após o novo regime da Constituição de 1988 e seus impactos sobre os limites para o aprofundamento da democracia.

De um ponto de vista mais geral, pretende-se: discutir os problemas da democracia em conexão com os diferentes tipos de desigualdades (sociais, econômicas) e seu impacto sobre as oportunidades de participação política dos indivíduos.


Para tanto, será preciso determinar a estrutura atual do campo político nacional e os constrangimentos à participação e à ocupação de posições centrais por integrantes de grupos subalternos.

Com isso, desejamos debater a tese segundo a qual tem havido uma relativa popularização da classe política brasileira, basicamente depois das eleições de 2002.
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12 de setembro de 2011

As elites políticas e a qualidade da democracia

[Muscovites listening to war speakers 
in Park of Culture as they relax outdoors.
August 1941. Margaret Bourke-White
Life] 

publicado na
Gazeta do Povo
25 set. 2011
Adriano Codato

As teorias empíricas da democracia, ao contrário das teorias normativas, analisam o funcionamento concreto dos sistemas de poder nacionais e preocupam-se em explicar basicamente duas coisas: como é o comportamento efetivo dos cidadãos diante da política e como se dá, na prática, a competição entre as lideranças pelo voto popular.

Como entendem por “democracia” apenas o método de seleção dos governantes (e não um ideal de sociedade), destacam os processos de escolha de candidatos por meio de eleições e a conformação dos arranjos institucionais que permitem e autorizam essas escolhas. Eleições são, nesse sistema, as maiores formas de controle e punição dos dirigentes políticos e a igualdade entre os cidadãos se resume ao sufrágio universal: a cada pessoa, independentemente da sua condição social, cabe um voto.

Dadas essas premissas, uma democracia institucionalizada é um regime político que prevê um máximo de participação, só que através do voto eleitoral, e um máximo de oposição. Regimes democráticos são regimes amplamente abertos à contestação pública dos governantes, mas ela deve estar regulada pela legislação.

Robert Dahl, um importante cientista político norte-americano, fixou uma lista de garantias institucionais que permitiriam, com base nessas ideias, medir se uma sociedade seria ou não politicamente democrática. Essa lista contém apenas oito itens: 1) liberdade de organização e associação, 2) liberdade de expressão, 3) direito de votar, 4) direito de ser votado, 5) competição pelos cargos públicos através do voto, 6) a existência de fontes alternativas de informação, 7) eleições livres e isentas e 8) instituições governamentais que realmente convertam preferências dos cidadãos em decisões através de governos legitimamente eleitos.

Se avaliássemos o sistema político brasileiro hoje conforme esses parâmetros, diríamos (com alguma polêmica) que ele atende suficientemente a maioria deles.

O que seria preciso testar melhor, além da questão da difusão da informação, é a proposição número 5, em especial as condições sociais da competição pelo voto.  Ela permitiria estipular, por exemplo, o grau de inclusão dos diferentes grupos/classes sociais na elite política.

Essa é uma dimensão essencial da democracia que não tem, obviamente, a ver com os critérios formais de elegibilidade (definição legal de quem pode ser eleito e para qual lugar), mas sim ao problema de quem pode e de quem não pode chegar ao poder.

Nesse sentido é que estudos sobre elites – em especial estudos sobre as origens sociais das elites políticas – adquirem importância essencial para caracterizar o grau de democratização do sistema político.

Como nas modernas democracias contemporâneas não há nenhuma exigência de qualquer critério técnico para exercer a política (habilidades especiais como conhecimento jurídico, por exemplo), nem uma interdição de classe nos processos de recrutamento eleitoral, cabe ao analista identificar, para uma dada sociedade, que mecanismos (culturais, sociais, econômicos, simbólicos, institucionais) operam na seleção daqueles que se dedicarão profissionalmente à política e daqueles que serão sistematicamente excluídos dela.

Assim, estudos sobre a homogeneidade ou a heterogeneidade socioprofissional da elite no poder são essenciais para discutir a estrutura de oportunidades socialmente sancionada para participar da política.
Essas são questões que dizem respeito ao grau e ao tipo de democracia de um sistema político e isso pode ser medido sem que necessariamente se faça referência, como é usual, apenas a mecanismos mais participativos em processos decisórios governamentais.

Quanto mais variada socialmente for a elite parlamentar, mais oportunidades de participação política há em uma dada sociedade. Quanto mais oportunidades, mais democrática ela deve ser.
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26 de julho de 2011

seminário os eleitos: como parlamentares tornam-se parlamentares

[Série Vulgo, Whip, 1999
Rosangela Rennó. 
Pirelli/MASP] 




Seminário Internacional: Os eleitos: como parlamentares tornam-se parlamentares, em Porto Alegre, entre os dias 5 e 7 de Setembro de 2011. O Seminário é promovido pela Câmara Municipal de Porto Alegre e Departamento de Ciência Política da UFRGS, com o apoio da CAPES.

A apresentação do evento, programação e outras informações importantes podem ser consultadas no site http://oseleitos.camarapoa.rs.gov.br

Programação
5/9/2011 – Segunda-feira
9h - Conferência
Por que mulheres (não) são eleitas?
Constanza Moreyra – Universidad de La Republica (Uruguai), senadora
Clara Araújo – UERJ
Rosane de Oliveira – jornalista
Coordenadora: Sofia Cavedon - vereadora (PT), presidente da CMPA

14h - Mesa-redonda
O que faz um vereador no Brasil?

- Maria Izabel Noll - UFRGS
- Cidinha Campos – deputada estadual (PDT-RJ)
- Maria Celeste - vereadora (PT-Porto Alegre)
- Coordenadora: Fernanda Melchionna – vereadora (PSOL – Porto Alegre)

19h - Conferência
Como parlamentares tornam-se parlamentares
Frederic Sawicki – Université Paris I – Sorbonne

Coordenador: André Marenco – UFRGS

6/9/2011 – Terça-feira
9h - Mesa-redonda
Partidos e carreiras políticas na América Latina

Robert Funk – Universidad de Chile
Miguel Serna – Universidad de La Republica – Uruguai
Socorro Braga - UFSCar
André Marenco – UFRGS
Coordenador: Adeli Sell – vereador (PT-Porto Alegre)

14h – Mesa-redonda
De onde vêm os representantes do Brasil?

- Adriano Codato (UFPR)
- Igor Grill (UFMA)
- Ernesto Seidl (UFS)
- Eliana Reis (UFMA)
Coordenador: Sebastião Melo – vereador (PMDB – Porto Alegre)

19h - Conferência
Como os eleitores controlam os eleitos
John Carey – Darthmouth College (EUA)

Manuela D’Ávila – deputada federal (PCdoB-RS)

7/9/2011 – Quarta-feira
15h - Mesa-redonda
Reforma Política: pode-se mudar a representação no Brasil?

Fabiano Santos – presidente da ABCP
Henrique Fontana – deputado federal (PT-RS)
Coordenadora: Sofia Cavedon - vereadora (PT), presidente da CMPA.
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12 de abril de 2010

o financiamento das campanhas e o sistema político brasileiro

[Série Noite Americana,
D'aprés Hopper, 1999.
Vicente de Mello.
Pirelli/MASP]


O CALCANHAR DE AQUILES: o financiamento das campanhas e o sistema político brasileiro
Bruno P. W. Reis

(Publicado no suplemento mensal “Pensar Brasil” do jornal Estado de Minas, pp. 7-9. Belo Horizonte, MG, 10 abr. 2010)

Transcorridos mais de vinte anos desde a promulgação da Constituição de 1988, é difícil evitar um diagnóstico ambivalente sobre a operação do sistema político brasileiro. De um lado, observando os meios de comunicação de massa, o sistema parece em decomposição. Por outro lado, as estatísticas sociais melhoram de modo sem precedentes, e o sistema político mostra-se estável como nunca. De fato, os governos têm conseguido maiorias razoáveis, e as decisões (pelo menos as mais cruciais para se manter a máquina operando no curto prazo) têm podido ser tomadas. Temos sido, nas últimas décadas, poupados de impasses dramáticos, de crises políticas com desfechos institucionais imprevisíveis, e do recurso à força das armas para a arbitragem de conflitos políticos. Esta é uma conquista real, a que nem sempre damos a devida atenção.

Não se trata, portanto, de amesquinhar este feito, mas tampouco seria prudente negligenciar o mal-estar que de fato existe na opinião pública quanto ao modus operandi de nosso sistema político. Minha convicção pessoal é que a origem dessa ambivalência reside em nossa aguda incapacidade de coibir, de modo eficaz, abusos de poder econômico em nossas campanhas eleitorais. Pior: tendo-se transformado numa autêntica fábrica de escândalos, esta vulnerabilidade pode comprometer, a longo prazo, a própria estabilidade que o sistema, bem ou mal, tem logrado alcançar até aqui.

A César o que é de César: contrariamente à percepção da opinião pública, em nenhum outro lugar há convicção tão clara e ansiedade tão grande por uma reforma quanto na Câmara dos Deputados. Num país em que quase toda a agenda legislativa decorre de iniciativa do poder executivo, a mesa da Câmara tem pautado reiteradamente, por iniciativa própria, a reforma política no país. Mas por que os próprios deputados quereriam melhorar os controles sobre o financiamento de campanhas? Para responder, é preciso lembrar que eleições são competições pelas quais todo político tem de passar regularmente: a falta de controles sobre as contas de campanhas inflaciona fatalmente a disputa, aumentando a imprevisibilidade de seu resultado e a incerteza quanto ao valor de uma provisão “adequada” de recursos financeiros para a próxima candidatura. No limite, embute um viés a favor daqueles que descumprem a lei, e induz cada candidato a montar seu próprio “caixa 2”, se quiser preservar suas chances de vitória. O preço que se paga, contudo, é expor-se ao risco de se ver envolvido no próximo escândalo...

[leia a continuação do texto aqui]
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1 de abril de 2010

Grupos dirigentes e estruturas de poder

[Apartment for two
Art Collectors
Dezeen]

Convidamos a comunidade de ciência política para submeter resumos ao nosso seminário temático na Anpocs:

ST13 - Grupos dirigentes e estruturas de poder
Coordenadores: Mario Grynszpan (FGV/RJ), Miguel Pablo Serna Forcheri (UDELAR)

O objetivo deste ST é promover um debate sobre o tema dos grupos dirigentes e das estruturas de poder a partir de trabalhos com diferentes grupos, como os políticos, culturais, econômicos, científicos, religiosos, profissionais. Serão contemplados enfoques diversos, dos centrados em mecanismos de recrutamento e seleção, em transformações morfológicas dos espaços sociais e em reconversões sociais, até os voltados para linguagens específicas de grupos e estruturas, estratégias e disputas discursivas, ações performativas, rituais, valores e visões de mundo, passando pelos que privilegiam questões como as das lógicas de engajamento social e de justificação, das redes e relações
pessoais, locais ou internacionais, das estratégias de reprodução e de consagração e estilos de vida. Serão
igualmente bem-vindas análises históricas e/ou que propiciem comparações nacionais e internacionais.

O resumo simples deverá ter no máximo 900 caracteres com espaço (passo 4 da submissão) e o resumo expandido no máximo 9.000 caracteres com espaço (passo 5 da submissão).

Confira abaixo os próximos prazos:
26/03 a 26/04 - Período para submissão de trabalhos (resumos) nos STs aprovados. Destinado a Pesquisadores em geral.Titulação Mínima: Mestrando(a).
01/04 a 04/05 - Prazo para envio de propostas de Mesas Redondas. Destinados a coordenadores-proponentes. Titulção mínima: Doutor(a)
20/04 a 17/05 - Período de Seleção e composição, pelas respectivas coordenações, da programação final de cada ST.
08/06 - Divulgação da programação dos STs e Mesas Redondas aprovadas.

www.anpocs.org.br/portal
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