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Bolognesi, B., Ribeiro, E., & Codato, A.. (2023). A New Ideological Classification of Brazilian Political Parties. Dados, 66(2), e20210164. Just as democratic politics changes, so does the perception about the parties out of which it is composed. This paper’s main purpose is to provide a new and updated ideological classification of Brazilian political parties. To do so, we applied a survey to political scientists in 2018, asking them to position each party on a left-right continuum and, additionally, to indicate their major goal: to pursue votes, government offices, or policy issues. Our findings indicate a centrifugal force acting upon the party system, pushing most parties to the right. Furthermore, we show a prevalence of patronage and clientelistic parties, which emphasize votes and offices rather than policy. keywords: political parties; political ideology; survey; party models; elections
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9 de janeiro de 2010

ainda a teoria das classes sociais

[Avenida Paulista, 1983
Carlos Fadon Vicente.
Pirelli/MASP]


O CONCEITO DE CLASSES SOCIAIS E A LÓGICA DA AÇÃO COLETIVA
Bruno P. W. Reis

Dados – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, 34 (3): 415-41. 1991.

O artigo sustenta que a formulação olsoniana da lógica da ação coletiva, ao demonstrar a indeterminação da conduta política dos membros de uma mesma classe social, lança um grave desafio sobre a teoria marxista das classes sociais, pois impede qualquer afirmação conclusiva sobre a inevitabilidade da revolução proletária. Em seguida examinam-se as contribuições ao assunto feitas por autores como G. A. Cohen, John Roemer, Jon Elster e Adam Przeworski, buscando captar em que medida cada um se inclina por uma concepção “objetivista” (ênfase na classe “em si”) ou “subjetivista” (ênfase na classe “para si”) do conceito de classe social. Ao final, o artigo conclui reconhecendo o caráter incontornável da indeterminação da conduta política dos membros de uma classe e rechaçando as tentativas – especialmente a de Przeworski – de se contornar o problema através de redefinições do conceito de classe social que redundam na redução do nexo causal entre classe e conflito a uma circularidade tautológica. Preserva-se, não obstante, a relevância do conceito de classes sociais na análise sociológica – em termos muito próximos, senão idênticos, às formulações de Max Weber sobre o tema – como base freqüente, embora não necessária, da ação comunal.

para ler o artigo
completo, clique aqui
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7 de janeiro de 2010

entendendo as classes sociais

[Série A Várzea do Carmo, 1979-1980
São Paulo, SP
Raul Garcez.
Pirelli/MASP]



Eis um exemplo das grandes descobertas da sociologia política marxista contemporânea.
Erik Olin Wright publicou no último número da New Left Review o artigo UNDERSTANDING CLASS.
NLR, n. 60 nov./dec. 2009

Ele sustenta, basicamente, que uma nova teoria das classes deve combinar três modelos de análise social: o marxista, o weberiano e as teorias da estratificação social.

Abaixo, a introdução do bruto.

Towards an Integrated Analytical Approach

When I began writing about class in the mid-1970s, I viewed Marxist and positivist social science as foundationally distinct and incommensurable warring paradigms. I argued that Marxism had distinctive epistemological premises and methodological approaches which were fundamentally opposed to those of mainstream social science. In the intervening period I have rethought the underlying logic of my approach to class analysis a number of times. [1] While I continue to work within the Marxist tradition, I no longer conceive of Marxism as a comprehensive paradigm that is inherently incompatible with ‘bourgeois’ sociology. [2]

Having previously argued for the general superiority of Marxist class analysis over its main sociological rivals—especially Weberian approaches and those adopted within mainstream stratification research—I now take the view that these different ways of analysing class can all potentially contribute to a fuller understanding by identifying different causal processes at work in shaping the micro- and macro- aspects of inequality in capitalist societies. The Marxist tradition is a valuable body of ideas because it successfully identifies real mechanisms that matter for a wide range of important problems, but this does not mean it has a monopoly on the capacity to identify such mechanisms. In practice, then, sociological research by Marxists should combine the distinctive Marxist-identified mechanisms with whatever other causal processes seem pertinent to the explanatory task at hand. [3] What might be called a ‘pragmatist realism’ has replaced the ‘grand battle of paradigms’.

For the sake of simplicity, in what follows I will focus on three clusters of causal processes relevant to class analysis, each associated with a different strand of sociological theory. The first identifies classes with the attributes and material life conditions of individuals. The second focuses on the ways in which social positions afford some people control over economic resources while excluding others—defining classes relative to processes of ‘opportunity hoarding’. The third approach conceives of classes as being structured by mechanisms of domination and exploitation, in which economic positions accord some people power over the lives and activities of others. The first is the approach taken in stratification research, the second is the Weberian perspective, and the third is associated with the Marxist tradition.
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13 de outubro de 2009

Introdução: A Sociologia e as identidades sociais

[Alice Brill, Viaduto do Chá, 1954.
Pirelli / MASP]


[trecho da introdução ao volume Diferenças, igualdade / Heloisa Buarque de Almeida, José Eduardo Szwako (orgs.) — São Paulo : Berlendis & Vertecchia, 2009 — (Coleção sociedade em foco : introdução às ciências sociais)]

Antonio Sérgio Alfredo Guimarães

Formas de identidade e diferenciação social

"Esta coletânea de textos introdutórios à sociologia faz um recorte particular que é preciso deixar claro aos iniciantes e docentes da disciplina.

O presente volume procurou concentrar-se em cinco categorias – as classes sociais, raças e etnias, gênero, sexualidade e juventude – que permitem entender problemas sociais fundamentais do mundo contemporâneo.

Além disso, essas categorias operam como formas de identidade social que embasam o surgimento, bastante recorrente nos últimos cinquenta anos, de agentes e movimentos sociais responsáveis pela mudança social.

As classes sociais foram introduzidas na sociologia por um precursor da disciplina, Karl Marx, no século 19, quando já era um conceito corrente entre os historiadores e economistas. Em carta a Joseph Weydmeyer de 1852, Marx esclarece o que pensa ser a sua contribuição:

“No que me diz respeito, não me cabe o mérito de ter descoberto nem a existência das classes na sociedade moderna nem a sua luta entre si. Muito antes de mim, historiadores burgueses tinham exposto o desenvolvimento histórico desta luta das classes, e economistas burgueses a anatomia econômica das mesmas. O que de novo eu fiz, foi: 1) demonstrar que a existência das classes está apenas ligada a determinadas fases de desenvolvimento histórico da produção; 2) que a luta das classes conduz necessariamente à ditadura do proletariado; 3) que esta mesma ditadura só constitui a transição para a superação de todas as classes e para uma sociedade sem classes [...].”

As palavras de Marx demonstram claramente o rígido determinismo científico do século 19 em que está inserido. E, ainda, que esta primeira teoria sociológica das classes só faz sentido numa teoria da história mais abrangente (o materialismo histórico). No século 20, boa parte desta teoria já havia sido posta à prova pelo transcorrer da própria história social, inclusive a previsão marxista de uma inevitável revolução proletária nos países mais desenvolvidos da Europa. Nesse mesmo sentido, a filosofia da ciência abandonou os esquemas deterministas rígidos em favor de outras abordagens – instrumentalista, probabilística, compreensiva etc.

Foi neste novo contexto, no fim do século 19, que se fez um grande esforço intelectual para dotar a sociologia de maiores recursos analíticos. Entre os que contribuíram para tanto, podemos citar Ferdinand Tönnies (1855-1936), Georg Simmel (1858-1918) e Max Weber (1864-1920), na Alemanha. Este último autor refinou a noção de classe social como pertencente à esfera da economia, distinguindo-a de associações ou comunidades como os partidos (esfera da política) e os grupos de prestígio. Quanto ao materialismo histórico de Marx, para Weber, este seria apenas um tipo ideal, ou seja, uma construção intelectual que projetava uma trajetória histórica possível, a partir de referências empíricas reais, mas totalmente exageradas.

Mas o fato é que, ao menos na Europa ocidental (em países como Inglaterra, França, Alemanha e, principalmente, Itália), a luta de classes entre trabalhadores e patrões (fossem eles burgueses ou empresas públicas) e também as ações de classe continuaram a marcar decisivamente a vida social e político-partidária. Esses movimentos, junto com as ações do Estado, determinaram, direta ou indiretamente, o desenvolvimento social e histórico. No entanto, o desenvolvimento dos Estados-nação e o aparecimento do nacionalismo enquanto ideologia política contrabalançaram a importância das classes. Ainda assim, durante muito tempo na Europa, a teoria marxista de classes sobreviveu, com pretensões universalistas, junto com a expectativa de que as outras sociedades capitalistas industriais nas Américas e na Ásia desenvolvessem, com o tempo, as mesmas características.

Todavia, nos Estados Unidos, a luta de classes cedeu importância, durante o crescimento industrial, para a competição entre os grupos étnicos, à medida que o mercado capitalista americano crescia baseado principalmente na imigração estrangeira. Junto ao recrudescimento da consciência étnica, cresceu também o racismo contra os povos não europeus, principalmente os de origem africana que buscavam integrar-se na moderna sociedade capitalista norteamericana. [...]"
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6 de julho de 2009

Iluminações da teoria social


[German factory workers watching President Kennedy motorcade through the city. Frankfurt, Germany, June 1963. John Dominis. Life]





"Sem dúvida, o marxismo não poderá deixar de enfrentar diretamente o problema das classes como agentes históricos do presente [...] As classes não são agentes no mesmo sentido que são os indivíduos, os grupos ou as organizações [...] Uma classe jamais pode tomar uma decisão enquanto classe [...] As classes agem através da ação dos indivíduos, dos grupos e das organizações. A ação do agente de classe poderá ser destacada na comunhão de interesses, no paralelismo de aspirações, na analogia das formas de ação e na inter-relação da sustentação recíproca entre as ações dos pertencentes à mesma classe. Em que medida haja consciência de todos esses elementos, e eles se manifestem nos processos decisórios coletivos voltados para um resultado específico – eis um problema que põe uma série de questões empíricas quando à formação e à história das classes".

THERBORN, Göran. 1989. A análise de classe no mundo atual: o marxismo como ciência social. In: Hobsbawn, E. (org.). História do marxismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, vol. 11. p. 437-438.
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29 de junho de 2009

Crítica Marxista n. 28

[On the telephone - 1928.
Alexander Rodchenko]


Foi lançado agora em junho o mais recente número da revista de teoria política e social Crítica Marxista, do Centro de Estudos Marxistas (CEMARX) da Unicamp.

Sumário

ARTIGOS

Nota sobre atual Crise econômica
J. Quartim de Moraes

Conselhismo e democracia
Luciano Martorano

Eco-socialismo e planificação democrática
Michael Löwy

A institucionalidade financeira
Nelson Prado Pinto

Frações burguesas e bloco no poder
Francisco Farias

Difusão e recepção dos Grundrisse
Marcelo Musto

Três poemas portugueses e um impasse
Hermenegildo Bastos

DEBATE
Há um novo salariado?
G. Duménil, J. Lojkine e M. Vakaloulis

COMENTÁRIOS
Uma polêmica na definição marxista do proletariado
Sávio Cavalcanti

“Cabra marcado pra morrer”: uma releitura
Rafael Vilas Bôas

mais informações, clique aqui

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31 de maio de 2009

uma introdução ao conceito de "classe social"

[Saída de Fábrica, Brás, c. 1950.
Peter Scheier. Pirelli/MASP]


este texto é a introdução de um capítulo escrito para explicar, didaticamente, o conceito de "classe social". para comprar e ler o texto completo no livro diferenças, igualdades, da editora Berlendis & Vertecchia, clique aqui

Adriano Codato e Fernando Leite

“Classe social” é provavelmente a ideia mais famosa da Sociologia; ou, ao menos, a ideia com a qual o público leigo mais identifica a Sociologia como disciplina acadêmica ou área de conhecimento. Talvez nenhuma outra palavra do repertório sociológico apareça tanto, seja usada com tanta desenvoltura, em tantos sentidos ou tenha sido objeto de tanta crítica e revisão nos últimos cinquenta anos.

Geralmente, a ideia de classe social vem associada, pela publicidade, a “classes de consumo”: classe A, B, C, D, E. O princípio classificatório desse abecedário é o que a renda das pessoas pode comprar: o tipo do celular, o tamanho da televisão, a marca e o modelo do automóvel. Outras vezes, definições supostamente mais sofisticadas referem-se à condição econômica com nomes mais técnicos: “classe baixa”, “classe média” e “classe alta”. Essa escala métrica pretende, todavia, designar apenas se os indivíduos são ricos, pobres ou remediados. Além disso, essa sociografia espontânea também percebe e registra, com nomes comuns, uma série de divisões sociais: elite e massa, o povo e os poderosos, patrões e empregados, e não é incomum ouvir as expressões “os mais necessitados” (ou como diria a Igreja, “os mais humildes”), “a alta sociedade”, “o empresariado” etc.

Nenhum desses usos banais da noção de classe está essencialmente errado. Na medida em que essas palavras todas designam distâncias sociais no espaço social , elas captam, à sua maneira, uma parte do conteúdo sociológico do termo: os indivíduos são diferentes e ocupam lugares diferentes na sociedade.

No entanto, parece que quanto mais a expressão “classe” é utilizada, mais ela perde o sentido crítico que lhe é inerente. Ou, posto de outra forma: a disseminação da ideia de classe vem geralmente acompanhada da perda de seu significado crucial, pois quem fala em classe social, tem de falar, necessariamente, em dominação/subordinação entre as classes.

O emprego científico desse nome deve enfatizar que a expressão “classe social” não sugere somente a existência de categorias de indivíduos diferentes entre si (isto é, a existência de diferenças sociais entre as pessoas); mas classes de indivíduos que são subordinadas umas às outras. Assim, o pertencimento a uma determinada classe nos indica, além de variedades sociais, desigualdades sociais. Como se intui, há sempre maiores ou menores “oportunidades” na vida de se possuir poder, riqueza, cultura, prestígio ou status.

Neste capítulo, apresentamos algumas dimensões do conceito de classe social que vão além do seu uso ordinário. Esse esforço corresponde à tentativa de dar uma definição mais rigorosa ao termo – uma definição propriamente sociológica.

Nas Ciências Sociais há, entretanto, uma razoável confusão de nomes. Ainda se fala indistintamente em ‘classes’, ‘estratos’, ‘camadas’, ‘castas’, ‘categorias’ e ‘ordens’ sociais. Uma dificuldade adicional é que ora esses termos designam coisas diferentes, ora... a mesma coisa!

Um mapa dessa bibliografia e das divergências e convergências entre autores e escolas levaria essa conversa longe demais. Nosso propósito específico é expor o que algumas teorias sociais têm a dizer, não sobre as classes sociais reais (isto é, a história, o perfil e a prática de grupos sociais determinados), mas sobre o conceito de classe. Trata-se de dar à palavra “classe” uma base teórica.

Esse fundamento teórico faz o conceito científico de classe ser mais completo e mais complexo do que aquelas expressões referidas anteriormente. Essa maior complexidade permite que nós utilizemos a concepção de classe social para explicar vários fenômenos sociais, trabalho esse que noções vagas tais como “classe” A, B, C etc. não permitem.

Essa tarefa – dar ao conceito de classe um conteúdo científico – requer que se ordene a percepção espontânea sobre o mundo social, que costuma dividi-lo entre os “ricos”, os “pobres” e a “classe média”, em função de quatro princípios sociológicos.

O primeiro princípio é o seguinte: as diferentes posições sociais (isto é, os diferentes pontos que as pessoas ocupam no espaço social) têm de ser pensadas em conjunto, já que uma posição não existe sem a outra. Ou melhor: uma posição social só existe em relação à outra. Só faz sentido falar em “classe alta” se houver, por referência, uma “classe baixa”. E vice-versa. Daí a ideia de relações sociais ou mais exatamente, sistema de relações sociais. A sociedade é isso: um sistema de relações e não uma soma de posições individuais.

Segundo: essas posições/relações sociais formam uma estrutura – a estrutura social. Ela é constituída por indivíduos, grupos, classes (dizemos: agentes sociais), mas é independente da “vontade” deles. Em linguagem sociológica sustentamos que a estrutura social é objetiva, ou seja, é um fato exterior aos indivíduos, independente deles, mas que influencia a forma como pensam e agem.

Terceiro: a estrutura social comporta uma série de assimetrias e hierarquias. Por isso utilizamos o termo técnico “estratificação social” para designar o fenômeno social que decorre justamente da presença das classes/grupos sociais discrepantes no mundo social. São essas assimetrias e hierarquias que fazem o espaço social ser um espaço de lutas.

E, quarto princípio, os indivíduos e/ou os grupos sociais (os agentes sociais) que partilham a mesma posição social devem ter algo em comum. É esse algo em comum (certas “propriedades”, certas qualidades) que constitui uma “classe” no sentido lógico do termo.

Toda a questão é saber, então, o que é esse “algo”. A mesma quantidade de poder, de riqueza, de prestígio ou de status? Os mesmos valores, a mesma situação no mercado, a mesma renda? O mesmo tipo de propriedade, a mesma ocupação ou o mesmo estilo de vida?

O debate entre os sociólogos (exceto entre aqueles que não “acreditam” na existência de classes sociais) gira exatamente em torno do melhor critério para diferenciar os agentes sociais e do melhor método para medir essa diferença .

Nessa altura já podemos afirmar três coisas:

I. A “classe social” (o conceito) é um artifício teórico, é um recorte que o sociólogo faz no mundo social de modo a simplificar e exprimir a realidade: “classe” é, em primeiro lugar, um modo de classificação.

II. Ainda que as classes sejam abstrações que o cientista social constrói, elas descrevem fatos reais. Não se trata de simples fantasias que não têm relação alguma com o mundo social. De fato, as pessoas não são só diferentes, mas ocupam lugares – “posições” – diferentes na sociedade: “classe” é assim um modo de classificação específico que percebe e descreve distâncias reais no espaço social.

III. As distâncias entre as classes representam não só as posições diferentes dos indivíduos no espaço social, mas indicam a existência de hierarquias entre essas posições. Isso porque, como se intui, alguns lugares são socialmente mais valorizados do que outros. Ou seja, alguns “grupos” ocupam uma região do mundo social mais vantajosa. E isso tem efeitos de todos os tipos: material (são mais “ricos”), simbólico (têm mais prestígio), político (reúnem mais poder, mandam mais) etc.

“Classe” (o conceito) é, portanto, um modo de classificação que percebe distâncias sociais reais e é capaz de traduzi-las em relações de dominação/subordinação.

Para sistematizar, nós podemos dizer que o primeiro sentido do conceito de classe é puramente teórico, ou seja, é um recurso intelectual que ordena e distribui os indivíduos em categorias mais ou menos fixas. O segundo sentido é descritivo, já que pretende representar de maneira sistemática e abrangente a estrutura social. E o terceiro é interpretativo, uma vez que permite não só ler e exprimir a realidade social, mas entender sua dinâmica – isto é, o comportamento dos agentes sociais.
[...]
continua

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